Frase do dia

Deus está em toda parte mas o homem só o encontra onde busca...

sábado, 5 de novembro de 2011

SIMPLES ASSIM

     Seria tão mais fácil se as pessoas fossem mais realistas, mais simples e menos encanadas principalmente, tirando a matemática nada no mundo é exato e em se tratando de pessoas a margem de erro é maior ainda, os nossos sentimentos não nascem de uma hora pra outra nem por um único motivo, é um emaranhado de coisas que se influenciam e podem dar tantos resultados diferentes a cada momento. A todo instante as coisas estão mudando e nossos sentimentos também, então como posso saber se vou querer a mesma coisa ou a mesma pessoa pro resto da minha vida, nem mesmo sei se ainda vou querer amanha.
     "Eu te amo" por exemplo, é uma expressão tão simples, bom ao menos para mim, não to dizendo que não tem importância, mas as pessoas tem a  péssima mania de agregar uma porção de obrigações e decisões implícitas nesta simples expressão de sentimento momentâneo, chega a ficar carregado, da até medo de dizer e descobrir que assinou um contrato de fidelidade de 50 anos, credo.
     Ninguém ama ninguém o tempo todo, nem pra sempre, ta tirando as mães, os pais, etc, estamos falando de amor de menininho e menininha, ou menininha e menininha, menininho e menininho, tanto faz, isso fica a critério de cada um, sem preconceitos. A questão aqui, é que dizer "eu te amo" para alguém não é colocar uma aliança no dedo, nem um corrente nos pés, é só um "eu te amo", "agora" , neste momento eu sinto amor, mais tarde pode ser só nostalgia ou em alguns casos mais críticos até mesmo arrependimento, as pessoas tem que aprender a separar as coisas. É com a felicidade, em um instante você está feliz, no outro bate o dedinho na quina da mesa então não vai mais estar feliz vai estar com raiva, então recebe um a ótima noticia e volta a ser feliz, simples assim.
     Eu te amo hoje, agora, talvez continue te amando por anos ou para sempre, mas talvez só por um dia, um momento, e se for assim não significa que não foi de verdade, só quer dizer que não estarei mentindo, nem para você nem para mim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ESPERAR X ACREDITAR

     As vezes eu queria que Deus fosse um velhinho de barba branca sentado em uma cadeira de balanço, pra eu poder recostar minha cabeça em seu colo e ele me fazer um cafuné. A grande vantagem de ser criança é que de certa forma você nunca é realmente responsável por nada e quando se tem um problema é só correr para sua mãe que ela resolve tudo.
     Sinto falta desse tempo, de um tempo onde eu realmente acreditava que tudo ia ficar bem, um tempo onde o próprio tempo era relativamente longo porque eu não tinha pressa.
     Eu sempre acreditei em Deus e nunca achei que precisava de resposta pra crer nele, sempre acreditei que ter fé é crer no que é incrível, sem respostas, sem provas, apenas acreditar, com a fé e a ingenuidade de uma criança. Mas aí a gente cresce e tem tantas duvidas, tantas perguntas e nada de respostas, isso nunca me fez deichar de acreditar mas confesso que torna tudo bem mais difícil.
     Eu até entenderia de certas coisas acontecerem e outras não, mas as vezes eu sinto falta de alguém pra me dizer o porque, sabe, ninguém gosta de receber um não, mas um não justificado é até compreensível, você pode até não concordar mas respeita e aceita.
     Tem horas que parece que nada está dando certo ai vem alguém e diz que tudo acontece na hora certa, quer saber isso realmente me deixa com muita raiva, porque o tempo também é relativamente longo quando se está com raiva, ansioso ou com medo e aí você pergunta, que droga de hora é essa que parece que nunca chega?
     É eu odeio esperar, porque esperar e não ter certeza e eu odeio não ter certeza, porque não ter certeza é não controlar as coisas e eu odeio não controlar as coisas. Ok eu admito, eu sou uma psicopata controladora, mas quem não é de vez enquando?
    Dá pra aceitar que não se pode ter quando se tem um motivo, também não se torna tão ruim esperar quando se sabe que vai ter, melhor ainda se der pra saber quando, mas esperar por algo que não se sabe nem se vai acontecer não é legal. 
     Eu não sou  mais criança eu seu entender, então porque não explicar. As vezes um talvez é pior que um não, um quem sabe pode causar dor maior que um nunca mais...

terça-feira, 17 de maio de 2011

NUNCA DEVEMOS DAR VANTAGEM AO TEMPO

     Existem várias maneiras de se perder uma amizade, pode-se mudar de cidade e perderem o contato, simplesmente seus interesses mudarem tomando rumos diferentes, um magoar o outro e serem separados pelo ressentimento.
     De qualquer forma ainda te resta um email um telefonema, pedir perdão ou perdoar, mas e quando ambos continuam ali juntos, unidos pelo espaço, porém separados pelo sentimento, quando não se perde para a distancia nem para a mágoa, nem por inteiro, apenas se perde de você algumas partes, as melhores. Não tem desculpas porque na verdade não é culpa de ninguém. 
     Shakespeare disse um dia que "não precisamos mudar de amigos se percebermos que os amigos mudam", mas e quando essas mudanças tiram o que tinha de melhor nessa amizade, o que mais te faz falta nela.
     Como é que se recupera a cumplicidade que parece que o tempo fez questão de romper? Parece que há coisas que por mais que queiramos, por mais que tentemos simplesmente não dependem de nós. Quando é que agente percebe que perdeu um amigo? Qual o momento exato que se percebe que as coisas mudaram?
     De repente você abre os olhos e percebe que ta tudo diferente, que aquela pessoa e você não são mais as mesmas. Ai você pensa, nossa como tudo mudou tão depressa. Mas se você realmente prestar atenção vai ver que na verdade as mudanças acontecem tão devagar que nem sentimos, ignoramos e só se percebe quando já é fato consumado, quando a mudança já é grande o bastante pra te tirar algo que realmente te faz falta, significante o bastante pra finalmente te fazer enxergar.
     E como é que se conserta isso?
     Talvez poderia ser bem diferente se não esperassemos tanto tempo para repensar os erros, consertar as coisas, prestar mais atenção nos detalhes, para nunca deixarmos uma amizade morrer quando realmente queremos que alguém fique na vossa vida pra sempre.
     Porque recomeçar do zero é um caminho penoso e sem nenhuma garantia de termos os mesmos resultados.

terça-feira, 15 de março de 2011

QUANTO VALE O AMOR?

     O amor só com amor se paga? Qual o limite do orgulho, da liberdade, dessa doação por vezes tão altruísta?
     Há uma linha muito delicada que separa o amor da necessidade, a paixão da doença, que distingue a ingenuidade da burrice, a distração do egoísmo. Mas será tão fina, tão delicada assim, a ponto de tantas pessoas não a enxergarem?
     Quando amamos, enxergamos príncipes encantados ou donzelas indefesas, o que é bem natural, essa supervalorizaçao da pessoa amada, a idealização de uma vida perfeita. Mas o quanto isso é saudável? Até que ponto desculpar, relevar, ignorar ou camuflar os defeitos alheios em prol de uma relação não nos condena ou aprisiona a uma vida de renuncias, numa incansável espera de recompensas, de mudanças.
     E tem ainda quem acredite nas mentiras que conta pra si mesmo, passam a  viver essas mentiras como se fossem reais, negando a verdade. Alguns por ilusão, acham que a mentira é mais bonita, que assim dói menos, mas tem os covardes que por alguma razão pessoal não tem coragem pra se libertar, deve ter alguns loucos que gostem também, tem gosto pra tudo nesse mundo.
     Mas a questão é, até onde o amor te cega? Até onde o amor deve te cegar? Quanto custa sua liberdade de vida, de escolhas, seu direito de ser amado e respeitado? Tudo isso vale um amor? Um amor que oprime, um amor que machuca, um amor egoísta, é amor?
     Na verdade o amor deve ter preço sim, afinal tem tanta gente por ai pagando caro por um pouquinho dele, na grande maioria por uma réplica vagabunda que na verdade não vale nada.
     As vezes eu acho que o amor é a propaganda enganosa mais bem sucedia do mundo. Irônico? Eu diria deprimente!
     O amor vale muito, vale tudo, mas tudo que não venda sua condição de ser humano, de pessoa, que pensa, sente, tem desejos e sentimentos que devem ser considerados e respeitados sempre.
     Então, quanto você está disposto a pagar?????????

sexta-feira, 11 de março de 2011

INDECISÃO

     Descalço, totalmente vulnerável, ali parada no meio do caminho, entre os dois lados daquela ponte que achei que deveria atravessar,.
     Não sei mais se devo, nem sei mais se quero. Não é a ausência do desejo, talvez a duvida do caminho, é tão óbvio que pra se chegar do outro lado o meio mais indicado, mais seguro, é a ponte. Mas paro olho aquela água que corre desordenada por debaixo dessa velha estrutura de madeira, numa velocidade incalculável, num desprendimento total das coisas que toca e que às vezes até as carrega por um pequeno espaço de tempo, mas logo as deixa sem cerimonia, sem lamentações, o barulho dessas águas parece me chamar, posso ouvir uma voz suave e doce que ao mesmo tempo grita desesperadamente dentro de mim. Fico ludibriada a imaginar quantos conhecimentos, quantas emoções esse caminho pode me proporcionar. Não quero mais andar por onde todos já andaram, não quero ver o que me já me foi antecipado, quero ser surpreendia, testada, desafiada e até vencia se assim for necessário. Minha mente e meu corpo anseiam por adrenalina, pela sensação de alivio logo após o medo.
Sinto uma brisa leve que parece delicadamente me inclinar a  um salto, um mergulho. 
     Mas é loucura!? 
     Minha razão dispara uma carga de sanidade e com ela uma sensação de medo, é como se essa razão fosse paredes que me cercam me conduzindo para o caminho pré-determinado como correto, mas o que na verdade é correto? E quem tem o poder de determinar isso? Pois ao final, tudo são apenas conjecturas.
     Agora são tantas vozes, tantas cobranças, tantas pessoas, tanta expectativa, que já não sei mais o que ouço. Minhas convicções, minhas certezas, tudo parece cair em meio ao vão. Numa sensação de total nudez, de incapacidade psicológica. Uma mistura de medo e uma vontade brava de brigar, uma oscilação de raiva e de carência. Um desejo pavoroso de destruir o mundo e ao mesmo tempo no meu intimo, só quero ser abraçada por ele. 
Ironia da vida!? Logo eu que sempre fui tão segura dos meus sentimentos de minhas decisões, me vejo assim, totalmente perdida entre meio a sensações que nem ao mesmo consigo classificá-las.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MEU SEGREDO

     Estou só, uma folha de papel anseia por minhas palavras, tenho tanto a dizer, há tanto que deveis saber, há tempo que abrigo isso em mim.
     Minhas mãos tremulas, incapazes de exprimir uma só palavra, que dançam  desordenadamente em meus pensamentos sem que minha mente nem ao mesmo consiga escolhe-las.
     Meu olhar se perde na solidão da noite, o silencio que guarda a madrugada me remete a teu sorriso, sinto teu cheiro, posso até ouvir tua voz.
     Será que neste momento estais adormecido?
     Será que sonhas comigo?
     Regresso a mim e novamente me encontro só, aquela folha ainda espera por minhas palavras, como uma presença humana.
     Logo começará um novo dia, tudo será novo, sem perceber adormeço sobre o meu mais intimo desejo de lhe confessar que te amo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O MUNDO MUDA A CADA GESTO SEU

     É engraçado como tudo sempre está em processo de mutação, o tempo, as coisas, as pessoas, o vento, a moda, tudo muda o tempo todo.
     É agradavél porque a mudança traz novos ares, novas perpectivas, novos amigos, as vezes até novas paixões, mas ao mesmo tempo é assustador porque também nos tira muitas coisas, transforma o que ja existe e nem sempre para o melhor, talvez até seja melhor mas o nosso comodismo não nos permite enxergar.
     A realidade é que mudar significa crescer e esse processo pode ser doloroso.
     As vezes pode parecer legal se tudo fosse como sempre, como antes, os amigos, a escola, as brincadeiras, mas pensando bem parece tão monotono, e as coisas boas que vivi depois e as que ainda vou viver, perder tudo isso por medo, medo e perder, medo de sofrer...Covardia né...
     A verdade é que não da pra ignorar o fato de que tudo muda, parece um tanto ironico, talvez comico se a angustia não fosse tragica.
     Fazemos escolhas o tempo todo e cada escolha nossa tem como consequencia muitas mudanças, a cada escolha um novo caminho é traçado, um novo destino é escrito.
     E como saber se é a escolha certa? Se é o caminho certo?
     Pior ainda é quando não se sabe pra onde quer ir, acho que nesse caso qualque lugar serve.
     As vezes chego a duvidar se existe um lugar pra se chegar, ao final o que importa é a procura, a magia está na busca, o aprendizado está no decorrer do caminho. Assim qual é a graça de trilhar sempre a mesma estrada?
     A beleza da vida está nas descobertas, nas diferenças, que só virão através das mudanças.
     Mas mudar também pode ser perigoso, mudar de mais pode te fazer perder sua excencia, mude sim mas pra melhor, mude pra ser mais feliz, ou pra fazer alguém mais feliz.    
     A mudança exige coragem e muita responsabilidade.
     Mude suas déias mas nunca seus principios.
     Mude suas roupas mas nunca sua personalidade.
     Mude sua vida mas nunca seu carater.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"NÓS"???


     Como concertar um coração partido? Como impedir a chuva de caiu numa noite triste, pra que não nos deixe ainda mais triste? O que fazer quando é necessário esquecer alguem que te fez tão bem?
     E mais uma vez escreve pelo motivo que bem sabes, você é impulsivamente a razão das minhas palavras, que por vezes rabiscaram tantas frases mais belas, mais alegres, tantas declarações de amor, que te emocionaram e também te fizeram rir. Mas receio que estas palavras, não tão doces, talvez você nunca as leia, talvez seja apenas um desabafo meu, uma vontade de me livrar de algo que pensei não mais me prender, como o fantasma de um passado que derrepente volta a me assombra.
     A idéia principal era descontar a minha raiva, aliviar minha fúria e o meu desespero, mas me arrependeria como sempre quando me excedo, palavras descompassadas podem machucar e prefiro não me arrepender perante o que posso dizer, acredito que já nos machucamos o suficiente. As minhas muitas palavras mesmo que impedidas de serem proferidas se resumem nessas poucas linhas mal traçadas e ressentidas.
     Não era bem o que planejamos para nós, mas aconteceu. Na verdade o que planejamos era bem mais bonito e menos doloroso, isso não era pra machucar dessa maneira. Mas a vida também é feita de desencontros, e destemperos. Erros e falhas todos nos cometemos e às vezes a sorte não ajuda muito. Destino? Sina? Ou será que fomos nós mesmos que não fizemos do jeito certo?
     Essa saudade, essa vontade de ter o que não posso mais, esse sofrimento que prolonga a cada toque de telefone, fendas que nada pode preencher, vazio que nada pode ocupar, me confundo cada vez que suas lembranças vêm em mim. Porque retornas? Tanto tempo depois, ouvir sua voz foi uma mistura estúpida de prazer e dor, de perder mais uma vez.
     A única certeza que tenho é tão absurda, pois a duvida que sustento em mim é porque não estamos juntos? Porque não resolver de uma vez essa história mal resolvida, será que não merecemos um recomeço ou que seja talvez um fim, mas um fim de verdade pra não termos que terminar nunca mais. Não sei se o pior é essa angustia de te esperar e te perder todos os dias ou o medo de um fim definitivo.
     Voltam-me as mesmas perguntas. Para onde foi tudo aquilo que era tão seguro em nós? Tínhamos tanta certeza, tantos planos. Meu peito, depósito subitamente esvaziado, se aperta no meio de tanto espaço. Tento identificar o instante quando o que tínhamos se perdeu, mas nem sei se perdemos juntos ou se já não estávamos mais juntos quando tudo se foi.
     Tenho saudades de tudo que vivemos e sinto falta do que não podemos viver dos beijos que não tive, das mãos que não me tocaram, a angustia de viver uma eterna espera de algo que provavelmente nunca mais poderá acontecer, mas mesmo assim ainda espero como quem espera pela cura.
     Dói no meu peito uma dor que de tão forte que, mesmo sem nexo, parece física. Queria fugir, me esconder, como se fosse possível fugir da dor e fazer com que se dilacerasse por si só, queria arrancar do meu peito qualquer vestígio seu, queria ter algo que me tomasse por inteiro e me impedisse de pensar, queria poder dizer que não te quero que tudo isso fosse só um surto de lembranças não apagadas, mas tudo parece uma ssombração interna que me faz resgatar minhas culpas, sentir raiva das suas, quere culpar alguém.
     É que uma etapa do sofrimento vem com um certo egoísmo, aquele que tenta nos fazer acreditas aos outros e a nós mesmo que tudo não passou de um erro e que nos arrependemos do tempo perdido com alguém, que agora tentamos difamar sobressaltando os defeitos e a falhas. Pode ser covardia mas é bem mais fácil esquecer o que não se parece mais ser tão bom. Mas como olhar com indiferenças para minhas melhores recordações?
     Não sei por que, mas escrever essa carta cheia de questões e contradições, cuspidas por um português cafona, torna meus sentimentos mais coerentes e sensatos, ao menos acho que me engano com isso.
     Depois de tanto tempo o que devia ser alivio volta a se configurar em angustia, a cabeça não para vasculhando as lacunas, tentando montar um quebra cabeças sem fim, quando na verdade deveria jogar as peças fora. Cercada por sua ausência procuro o que procurar, numa busca desiludida, pois se um amor tão grande, tão bonito se perdeu assim tão fácil, porque acreditar em outro? Parece que os sonhos têm a tendência de se perderem em meio ao vão. Bons tempos aquele em que os amores eram eternos.
     Me diga, você acha que poderiamos durar para sempre?
     As despedidas são sempre dolorosas e essa não poderia ser diferente, sei o quanto dói em mim e imagino como deve doer em ti. Deixemos as armas de lado, as magoas e despidos totalmente do rancor, devemos agradecer todos os momentos juntos, por todo o aprendizado, por todo carinho dedicado, cada gesto de amor. Pois apesar de não intencionado todo o convívio e também a ausência nos tornaram o que somos hoje, contribuímos com o crescimento um do outro.
     Despeço-me dessa história e de ti tomando a liberdade de chamá-lo mais uma vez de amor, meu amor. Amor que ainda está aceso porem preso em mudos separados, pelas circunstancia da vida? Pelo destino? Ou por nossos próprios erros?
     Não sei se desejo que responda, talvez essa seja uma das cartas que deve ser lida, relida, depois rasgada eM mil pedaços, talvez seja o destino mais nobre para os sentimentos perdidos.
     Ao final é isso que esse sentimento sempre será para nós, talvez o que mais amamos na vida, mas o que nunca soubemos lutar para ter. Acho que a questão não é se merecemos ou não algo melhor, mas sim se merecemos um ao outro?
     Se eu tivesse direito aos três desejos, para o primeiro pediria ao tempo voltar atrás pra te ver me olhar de novo daquele jeito, o segundo seria eternizar em minha mente seu sorriso que me angustia nunca mais poder olhá-lo, o ultimo puro e ingenuo desejo de amar sem precisar da dor.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

DANÇA

     Seus pés descalços dançando, girando como que levados pelo vento, seguindo as batidas daquela música envolvente, tem um ritmo único, particular, uma dança que é só tua, uma especial e peculiar maneira de mover-se do seu jeito.
     Dança como se o  mundo girasse em torno de si, como se ele dependesse da delicadeza de suas mãos que em pensamento acaricia um rosto, ou da rapidez dos seus pés que parecem não tocar o chão, flutuando seu corpo lívido.
     Guarda no teu âmago suas tristezas, esconde-as no teu íntimo, sufocando seu pranto e sorri... sorri pois o teu sorriso encantador abre todos os outros, a tua alegria contagiante inunda a multidão admirada, andantes de muitas terras, muitos e sonhos e muitas estradas.
     Suas roupas leves, rubras como o sangue, balançam desnudado partes do seu corpo esguio, transparecendo tua pele macia e alva como a neve. Seus cabelos compridos e encaracolados se movimentam como as ondas, esvoaçados pelo vento escondendo e revelando seu rosto fino e delicado, de olhos grandes e negros, segredosos e profundos como o oceano, seus lábios vermelhos, carnudos e sedutores, entreabertos deixando escapar aquele sorriso misterioso.
     Dança como se sua vida durasse apenas o tempo da música, mas se encanta por ela como se a ouvisse pela primeira vez, como alguém sem passado nem futuro, dança como alguém que nasceu para dançar. Dança com a sede e a paixão de uma primeira vez, mas sente cada nota em seu peito como quem se despede do que mais ama, como se fosse seu último ato, sua última palavra, seu último suspiro.
     Dança com a impetuosidade de ser o centro do mundo, só, tão só, e no entanto dona absoluta de todos os olhares, de todas as mentes, mas dança com a liberdade de quem parece invisível e a indiferença de quem só necessita de si mesma.
     A música, os movimentos, aquela emoção, acordam em sua alma lembranças e desejos escondidos que a levam a experimentar uma profunda consciência de si mesma, se abre para as experiências do próprio corpo e se liberta para viver a vida de maneira existencial.
     Dança porque nada está parado sobre a terra, porque dançar te liberta, te aproxima do céu, por um instante te permite sentir o gosto da eternidade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SAUDADE

     Estou com sintomas de saudades, estou sentindo falta de você.
     Falta do seu cheiro de loção pós barba, aquele que lhe dei no natal, lembra?!
     Falta do seu olhar sedutor, coberto de malícia me fazendo um convite silencioso e cheio de segundas intenções. Falta dos seus dedo entrelaçando os meus, a sua mão inquieta a me enlaçar pela cintura. Queria poder ouvir a sua voz a sussurrar palavras doces ao meu ouvido, a sua respiração quente a passear pelo meu pescoço fazendo meu corpo todo se arrepiar. Queria sentir novamente aquela sensação do meu ser inerte ao sentir o calor da sua pele ao tocar a minha, o peso do seu corpo sobre o meu tornando por vezes minha respiração ainda mais ofegante.
     Não da pra descrever as sensações que despertas em mim, aquela sensação gostosa de amar e ser amada, de me sentir protegida, cuidada, esperada, desejada...
     Sinto falta de adormecer aninhada no seu colo, debruçada sobre seu peito, ouvindo seu coração bem de pertinho e mergulhar nos meus melhores sonhos envolta por suas carícias. Sentir a sua presença a me olhar , me guardar, velando meu sono como um anjo protetor, um amigo amante.
     Ah quanta saudade...Saudade dos sues olhos, da sua boca, da sua voz, do seu cheiro, do seu sorriso, do barulhinho que faz quando me beija rsrsr.
     Saudade é amar um passado que persiste em existir para mim, é recusar o presente que me machuca por sua ausência, é não olhar para um futuro que pode vir sem você.
     Saudade é sentir a sua falta, lembrar da sua presença, querer a sua companhia, é sonhar contigo e acordar sentindo seu cheiro. É a certeza de ter vivido algo de bom, é o desejo de te pertencer novamente, hoje, amanha e depois e depois e depois...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

DESEJO

     A fina camada de ceda do vestido que me cobria a silhueta era no que se resumia o único espaço existente entre nossos corpos, o que me permitia perceber as distintas batidas apáticas do teu coração contrastando com a desordem ávida do meu.
     Minhas mãos tremulas e aquela oscilação gélida e ao mesmo tempo cálida não me permitia a percepção de que todos os músculos do meu corpo se moviam involuntariamente desmentindo a veracidade de qualquer  tentativa verbal de me esquivar do teu encontro.
     Desmedidamente as sensações de medo e prazer oscilavam em  minha mente, onde por vezes minha razão inutilmente induzia meu corpo totalmente inerte a qualquer tipo de persuasão que o afastasse do teu.
     Com um sorriso lépido e malicioso, seu olhar penetrante desnudava meu intimo, não conseguia mais distinguir todos os meu sentidos, meu corpo súdito flutuava entre o domínio dos teus braços.
     Subitamente seus lábios carnudos tocaram os meus, nossos corpos, em movimentos trôpegos, desafiavam as leis da física.
     Sucumbida a um desejo cálido, totalmente vulnerável, percebo que neste momento não mais pertenço a mim.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

LOUCURA

     A melhor qualidade que se pode ter é a loucura.
     A loucura te liberta das amarras do preconceito, te permite ver no mundo só o melhor, o mais bonito, te faz doar a sua melhor parte, o seu melhor sorriso, o melhor abraço, o beijo mais gostoso, te permite sentir com mais verdade, com mais intensidade, sem pudor, sem culpa, sem interesse, só pelo puro e inocente prazer de doar e receber o que há de melhor na vida.
     A  loucura é compassiva, não condena, não recrimina, simplesmente aceita e ama. A loucura dispensa as formalidades, ela exalta a simplicidade, a honestidade, os gestos mais pequenos e tambem mais bonitos. A loucura perdoa, acredita, enobrece.
     A loucura é recíproca a felicidade, é súdita aos sentimentos que nos engrandecem como pessoas, como amigos, amantes, pais. Te permite amar de verdade, se entregar por inteiro, lutar com garra, acreditar que tudo é possível até mesmo o que a razão diz não ser. A loucura te faz crer em milagres.
     A loucura te torna vulnerável  a vida, te entrega a ela, te conduz pelos caminhos mais floridos, com mais vida, te apresenta os melhores lugares, as melhores musicas, os melhores momentos, tudo do melhor ângulo possível.
     A loucura é a tinta que Deus usou pra tinge o mundo, é o toque final da criação, o detalhe indispensável que torna tudo magnífico, é o sopro vital da nossa alma. É a loucura que nos move, que nos empurra ladeira a baixo, nos faz sentir o vento nos cabelos, o coração na boca, aquele frio no estômago e aquela vontade descont rolada de gritar, de ser feliz. A loucura nos permite sermos felizes, ser quem realmente somos, sem mascaras, sem desculpas.
     Totalmente irracional, puramente emocional, a loucura abre as portas mais ocultas da mente onde se escondem as melhores idéias, as melhores declarações de amor, os mais sinceros pedidos de desculpas.
     É  na loucura que estão os meus melhores desejos, é na minha loucura que nascem as minhas melhores palavras.