Frase do dia

Deus está em toda parte mas o homem só o encontra onde busca...

sábado, 5 de novembro de 2011

SIMPLES ASSIM

     Seria tão mais fácil se as pessoas fossem mais realistas, mais simples e menos encanadas principalmente, tirando a matemática nada no mundo é exato e em se tratando de pessoas a margem de erro é maior ainda, os nossos sentimentos não nascem de uma hora pra outra nem por um único motivo, é um emaranhado de coisas que se influenciam e podem dar tantos resultados diferentes a cada momento. A todo instante as coisas estão mudando e nossos sentimentos também, então como posso saber se vou querer a mesma coisa ou a mesma pessoa pro resto da minha vida, nem mesmo sei se ainda vou querer amanha.
     "Eu te amo" por exemplo, é uma expressão tão simples, bom ao menos para mim, não to dizendo que não tem importância, mas as pessoas tem a  péssima mania de agregar uma porção de obrigações e decisões implícitas nesta simples expressão de sentimento momentâneo, chega a ficar carregado, da até medo de dizer e descobrir que assinou um contrato de fidelidade de 50 anos, credo.
     Ninguém ama ninguém o tempo todo, nem pra sempre, ta tirando as mães, os pais, etc, estamos falando de amor de menininho e menininha, ou menininha e menininha, menininho e menininho, tanto faz, isso fica a critério de cada um, sem preconceitos. A questão aqui, é que dizer "eu te amo" para alguém não é colocar uma aliança no dedo, nem um corrente nos pés, é só um "eu te amo", "agora" , neste momento eu sinto amor, mais tarde pode ser só nostalgia ou em alguns casos mais críticos até mesmo arrependimento, as pessoas tem que aprender a separar as coisas. É com a felicidade, em um instante você está feliz, no outro bate o dedinho na quina da mesa então não vai mais estar feliz vai estar com raiva, então recebe um a ótima noticia e volta a ser feliz, simples assim.
     Eu te amo hoje, agora, talvez continue te amando por anos ou para sempre, mas talvez só por um dia, um momento, e se for assim não significa que não foi de verdade, só quer dizer que não estarei mentindo, nem para você nem para mim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ESPERAR X ACREDITAR

     As vezes eu queria que Deus fosse um velhinho de barba branca sentado em uma cadeira de balanço, pra eu poder recostar minha cabeça em seu colo e ele me fazer um cafuné. A grande vantagem de ser criança é que de certa forma você nunca é realmente responsável por nada e quando se tem um problema é só correr para sua mãe que ela resolve tudo.
     Sinto falta desse tempo, de um tempo onde eu realmente acreditava que tudo ia ficar bem, um tempo onde o próprio tempo era relativamente longo porque eu não tinha pressa.
     Eu sempre acreditei em Deus e nunca achei que precisava de resposta pra crer nele, sempre acreditei que ter fé é crer no que é incrível, sem respostas, sem provas, apenas acreditar, com a fé e a ingenuidade de uma criança. Mas aí a gente cresce e tem tantas duvidas, tantas perguntas e nada de respostas, isso nunca me fez deichar de acreditar mas confesso que torna tudo bem mais difícil.
     Eu até entenderia de certas coisas acontecerem e outras não, mas as vezes eu sinto falta de alguém pra me dizer o porque, sabe, ninguém gosta de receber um não, mas um não justificado é até compreensível, você pode até não concordar mas respeita e aceita.
     Tem horas que parece que nada está dando certo ai vem alguém e diz que tudo acontece na hora certa, quer saber isso realmente me deixa com muita raiva, porque o tempo também é relativamente longo quando se está com raiva, ansioso ou com medo e aí você pergunta, que droga de hora é essa que parece que nunca chega?
     É eu odeio esperar, porque esperar e não ter certeza e eu odeio não ter certeza, porque não ter certeza é não controlar as coisas e eu odeio não controlar as coisas. Ok eu admito, eu sou uma psicopata controladora, mas quem não é de vez enquando?
    Dá pra aceitar que não se pode ter quando se tem um motivo, também não se torna tão ruim esperar quando se sabe que vai ter, melhor ainda se der pra saber quando, mas esperar por algo que não se sabe nem se vai acontecer não é legal. 
     Eu não sou  mais criança eu seu entender, então porque não explicar. As vezes um talvez é pior que um não, um quem sabe pode causar dor maior que um nunca mais...

terça-feira, 17 de maio de 2011

NUNCA DEVEMOS DAR VANTAGEM AO TEMPO

     Existem várias maneiras de se perder uma amizade, pode-se mudar de cidade e perderem o contato, simplesmente seus interesses mudarem tomando rumos diferentes, um magoar o outro e serem separados pelo ressentimento.
     De qualquer forma ainda te resta um email um telefonema, pedir perdão ou perdoar, mas e quando ambos continuam ali juntos, unidos pelo espaço, porém separados pelo sentimento, quando não se perde para a distancia nem para a mágoa, nem por inteiro, apenas se perde de você algumas partes, as melhores. Não tem desculpas porque na verdade não é culpa de ninguém. 
     Shakespeare disse um dia que "não precisamos mudar de amigos se percebermos que os amigos mudam", mas e quando essas mudanças tiram o que tinha de melhor nessa amizade, o que mais te faz falta nela.
     Como é que se recupera a cumplicidade que parece que o tempo fez questão de romper? Parece que há coisas que por mais que queiramos, por mais que tentemos simplesmente não dependem de nós. Quando é que agente percebe que perdeu um amigo? Qual o momento exato que se percebe que as coisas mudaram?
     De repente você abre os olhos e percebe que ta tudo diferente, que aquela pessoa e você não são mais as mesmas. Ai você pensa, nossa como tudo mudou tão depressa. Mas se você realmente prestar atenção vai ver que na verdade as mudanças acontecem tão devagar que nem sentimos, ignoramos e só se percebe quando já é fato consumado, quando a mudança já é grande o bastante pra te tirar algo que realmente te faz falta, significante o bastante pra finalmente te fazer enxergar.
     E como é que se conserta isso?
     Talvez poderia ser bem diferente se não esperassemos tanto tempo para repensar os erros, consertar as coisas, prestar mais atenção nos detalhes, para nunca deixarmos uma amizade morrer quando realmente queremos que alguém fique na vossa vida pra sempre.
     Porque recomeçar do zero é um caminho penoso e sem nenhuma garantia de termos os mesmos resultados.

terça-feira, 15 de março de 2011

QUANTO VALE O AMOR?

     O amor só com amor se paga? Qual o limite do orgulho, da liberdade, dessa doação por vezes tão altruísta?
     Há uma linha muito delicada que separa o amor da necessidade, a paixão da doença, que distingue a ingenuidade da burrice, a distração do egoísmo. Mas será tão fina, tão delicada assim, a ponto de tantas pessoas não a enxergarem?
     Quando amamos, enxergamos príncipes encantados ou donzelas indefesas, o que é bem natural, essa supervalorizaçao da pessoa amada, a idealização de uma vida perfeita. Mas o quanto isso é saudável? Até que ponto desculpar, relevar, ignorar ou camuflar os defeitos alheios em prol de uma relação não nos condena ou aprisiona a uma vida de renuncias, numa incansável espera de recompensas, de mudanças.
     E tem ainda quem acredite nas mentiras que conta pra si mesmo, passam a  viver essas mentiras como se fossem reais, negando a verdade. Alguns por ilusão, acham que a mentira é mais bonita, que assim dói menos, mas tem os covardes que por alguma razão pessoal não tem coragem pra se libertar, deve ter alguns loucos que gostem também, tem gosto pra tudo nesse mundo.
     Mas a questão é, até onde o amor te cega? Até onde o amor deve te cegar? Quanto custa sua liberdade de vida, de escolhas, seu direito de ser amado e respeitado? Tudo isso vale um amor? Um amor que oprime, um amor que machuca, um amor egoísta, é amor?
     Na verdade o amor deve ter preço sim, afinal tem tanta gente por ai pagando caro por um pouquinho dele, na grande maioria por uma réplica vagabunda que na verdade não vale nada.
     As vezes eu acho que o amor é a propaganda enganosa mais bem sucedia do mundo. Irônico? Eu diria deprimente!
     O amor vale muito, vale tudo, mas tudo que não venda sua condição de ser humano, de pessoa, que pensa, sente, tem desejos e sentimentos que devem ser considerados e respeitados sempre.
     Então, quanto você está disposto a pagar?????????

sexta-feira, 11 de março de 2011

INDECISÃO

     Descalço, totalmente vulnerável, ali parada no meio do caminho, entre os dois lados daquela ponte que achei que deveria atravessar,.
     Não sei mais se devo, nem sei mais se quero. Não é a ausência do desejo, talvez a duvida do caminho, é tão óbvio que pra se chegar do outro lado o meio mais indicado, mais seguro, é a ponte. Mas paro olho aquela água que corre desordenada por debaixo dessa velha estrutura de madeira, numa velocidade incalculável, num desprendimento total das coisas que toca e que às vezes até as carrega por um pequeno espaço de tempo, mas logo as deixa sem cerimonia, sem lamentações, o barulho dessas águas parece me chamar, posso ouvir uma voz suave e doce que ao mesmo tempo grita desesperadamente dentro de mim. Fico ludibriada a imaginar quantos conhecimentos, quantas emoções esse caminho pode me proporcionar. Não quero mais andar por onde todos já andaram, não quero ver o que me já me foi antecipado, quero ser surpreendia, testada, desafiada e até vencia se assim for necessário. Minha mente e meu corpo anseiam por adrenalina, pela sensação de alivio logo após o medo.
Sinto uma brisa leve que parece delicadamente me inclinar a  um salto, um mergulho. 
     Mas é loucura!? 
     Minha razão dispara uma carga de sanidade e com ela uma sensação de medo, é como se essa razão fosse paredes que me cercam me conduzindo para o caminho pré-determinado como correto, mas o que na verdade é correto? E quem tem o poder de determinar isso? Pois ao final, tudo são apenas conjecturas.
     Agora são tantas vozes, tantas cobranças, tantas pessoas, tanta expectativa, que já não sei mais o que ouço. Minhas convicções, minhas certezas, tudo parece cair em meio ao vão. Numa sensação de total nudez, de incapacidade psicológica. Uma mistura de medo e uma vontade brava de brigar, uma oscilação de raiva e de carência. Um desejo pavoroso de destruir o mundo e ao mesmo tempo no meu intimo, só quero ser abraçada por ele. 
Ironia da vida!? Logo eu que sempre fui tão segura dos meus sentimentos de minhas decisões, me vejo assim, totalmente perdida entre meio a sensações que nem ao mesmo consigo classificá-las.